O Lockdown foi bom para os brasileiros?
A adoção do Lockdown
Lockdown é uma palavra inglesa que os brasileiros adotaram para explicar o confinamento de pessoas em casa para tentar barrar a transmissão do coronavírus entre pessoas.
Enquanto esperávamos a milagrosa e necessária vacina, todos os dias, noite e dia, a grande imprensa nacional alardeava a necessidade de lockdown no Brasil, eram os cientistas quem assinavam as matérias, súplicas para barrar de alguma forma o avanço do vírus. Honestamente, não tínhamos a menor ideia do que fazer, havia alguma inspiração na China, onde funcionou com eficácia, o que seria realmente a solução para nossos problemas, mas estamos no Brasil e o “Brasil não é para amadores”.
Diante de nossa realidade, devemos deixar claro que o quê existiu no Brasil não foi Lockdown, na verdade o que houve no país foram medidas de distanciamento. Um grande Lockdown ou bloqueio total seria uma medida muito cara para quase a totalidade dos estado e município que estão quebrados, os quais se aventuraram em paradas seletivas que resultaram em pequenos alívios nas unidades de saúde e tímida redução dos casos de morte e contágio do vírus. A partir de decisões inseguras, desorganizadas e sem infraestruturas adequadas os lockdowns somente adiaram as inevitáveis mortes e os altos custos com tratamentos.
A estrutura feita sem grande planejamento para o atendimento dos infectados (parece que estamos falando de filmes de zumbi, filmes que aparentemente estavam nos preparando para esse cenário escatológico), apenas entregou via mídia um aparente alívio para a sociedade estarrecida diante da crescente evolução dos óbitos.
O quê foram as medidas do distanciamento no Brasil e consequências
Foram tantos “abre e fecha”, indecisões, ausência de pessoal mais qualificado para a tomada de decisões mais assertivas, foi um tremendo “deus nos acuda”. A pandemia também virou desculpa para as gestões acelerarem, com as facilidades dos famigerados decretos de calamidade pública, toda a má sorte de desvios de dinheiro público, uma vergonha, a continuação de um monstruoso e silencioso genocídio.
Sem chance de seguir a fórmula chinesa e passado algum tempo depois do desastre que foi no nosso lockdown para os brasileiros podemos levantar alguns pontos e comparar com o quê a pandemia é hoje: os distanciamentos sociais provocaram problemas nas contas públicas em gastos e mais desvios, não evitou os contágios, incremento no número de suicídios e de depressão, alienação educacional, insegurança por perda de emprego, demissões em massa, desabastecimento devido a redução da produção, atomização da massa salarial do trabalhador e quebra com fechamento de milhares de pequenas e microempresas por todo o Brasil. Um doloroso tapa na cara das famílias brasileiras.
O lockdown demonstrou ainda que o governo federal não conhece o próprio povo brasileiro, não sabe quem e quantos são de verdade, não tem dados fidedignos de quem está fora da economia, por isso a gestão da pandemia foi uma baderna. Todas as esferas de governos nos trataram com sempre: nos deixaram na mão. Ora, a pandemia serviu de palanque político. Além de tudo, ainda vimos a CPI da Covid nascer para fazer justiça e findar desmoralizada, comédia dantesca.
Quem saiu vitorioso após o distanciamento?
Não dá pra afirmar, mas quando vemos que quem ganhou com as medidas restritivas fico inclinando a pensar que o lockdown foi um artifício engenhoso, não sei de quem, mas olhando de maneira global, ora, os bilionários ficaram ainda mais bilionários, mas também pode ter sido sorte, talvez. Claro, no capitalismo o dinheiro tem um fluxo, assim como o rio que corre para o mar, o dinheiro corre para quem tem muito dele para se acumular. Uma outra parte vencedora foi o vírus que, na sua quinta versão, segue gracejando por aí fazendo milhares de vítimas diárias.
Da forma que foram feitos os distanciamentos sociais, o resultado foi extremamente nocivo sobrando somente o medo nos corações dos brasileiros, o leitor ainda acredita que, apesar de tudo, enfrentaremos um novo lockdown?
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