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A esquerda, presidente do PSDB, Bruno Araújo, e a direita, o presidente do Cidadania, Roberto Freire. Federação partidária permite que os partidos somem o desempenho de todos os candidatos

Cidadania aprova federação com PSDB

O partido Cidadania aprovou neste sábado (19.fev.2022) uma federação com o PSDB. Na votação realizada durante reunião do Diretório Nacional, a tese do PSDB recebeu 56 votos — pontuação mínima necessária para a aprovação da federação.

As outras alternativas de aliança eram uma federação com o PDT ou com o Podemos. A tese do Podemos foi derrotada no 1º turno da votação. Foram 54 votos pela federação com o PSDB, 37 com o PDT e 14 com o Podemos. 

O PSDB venceu no 2º turno contra 47 votos a favor de uma aliança com o partido do pré-candidato de Ciro Gomes. Houve 7 abstenções. O governador de São Paulo, João Doria, é o pré-candidato do PSDB à Presidência da República

Com a decisão, o Cidadania fica com 20% da governança da federação. O mecanismo permite que as legendas somem o desempenho de todos os candidatos. 

O Cidadania afirmou, em nota, que acordou preliminarmente com o PSDB a manutenção das pré-candidaturas dos 2 partidos à Presidência. A sigla disse também que as legendas irão aprofundar as negociações sobre as regras da federação. A prioridade será a aliança para governadores candidatos à reeleição.

Bruno Araújo disse, em nota, que a federação entre os partidos fará a diferença no Congresso e nas próximas eleições presidenciais. “Com essa decisão, o Cidadania se incorpora formalmente, junto com o PSDB, na tentativa de uma federação ainda maior, com diálogo em andamento entre MDB e União Brasil”.

Em nota, o governador de São Paulo, João Doria, disse que seu nome já vinha sendo “costurado” pelos presidentes dos 2 partidos, Roberto Freire (Cidadania) e Bruno Araújo (PSBD), como pré-candidato ao Planalto. O tucano disse também que conversas da sigla com MDB e União do Brasil continuam.

Na última 3ª feira (15.fev.2022), os presidentes do PSDB, MDB e União Brasil se reuniram para debater uma possível federação partidária entre as siglas. De acordo com Bruno Araújo, Baleia Rossi (MDB) e Luciano Bivar (União Brasil), os pré-candidatos dos partidos estarão submetidos ao consenso das 3 siglas.

Força única

As federações partidárias foram regulamentadas em dezembro de 2021 pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Os partidos que aderirem a esse mecanismo deverão atuar como uma única sigla por no mínimo 4 anos. Se decidirem sair antes, serão proibidos de ingressar em uma nova federação, de utilizar fundo partidário e de celebrar coligações nas duas eleições seguintes. 

Os partidos devem formalizar as federações até 31 de maio. As federações beneficiam, sobretudo, as siglas menores que foram prejudicadas pela cláusula de barreira, que limita o acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV.

Fonte: Poder360

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Autor

Roberlan Nascimento

iwcosta@gmail.com

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